Redações em ritmo real de funcionamento integram o cenário dos programas, apresentadores dispensam bancadas, e "ao vivo" - tanto de repórter para o apresentador, quanto de entrevistas durante o telejornal - torna-se, como nunca, formato recorrente. A nova onda atingiu, inclusive e especialmente, o último reduto do telejornalismo comportado: O Jornal Nacional. O telejornal mais conservador da casa, conhecido pela resistência às informalidades ao longo de sua história, agora se esforça para buscar o tom "do sofá da sala" por meio de seus apresentadores.
O novo momento do programa, justificado segundo a Globo pelo aninversário de 40 anos, tem ido ao exagero na idéia de se reconstruir em cima da proposta de descontração e provar que William Bonner e Fátima Bernardes "são gente como a gente". Expõem em chats e em livro, a partir da busca do tom informal, as nuanças da produção e apresentação do telejornal.
Um bom exemplo desse momento foi a participação do casal telejornal em um dos programas mais caricatos da Rede Globo - o Domingão do Faustão - onde a tentativa de se mostrar "sem produção", de forma espontânea e "autêntica" incluiu detalhes da vida íntima do casal.
Vide o vídeo:
Untitled from Fabiana Piccinin on Vimeo.
O mais interessante de tudo isso é que, embora a Globo não admita a influência externa na nova linguagem, todos nós sabemos de onde vieram os ventos da mudança. Vieram, inclusive, de outros barcos que começaram a navegar com muita velocidade e despertaram a sua atenção.
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