quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O nosso papel
Qual o nosso papel como jornalistas? Pois bem, confesso que esta é a pergunta mais frequente que me faço, desde que optei por essa profissão. Muitos escolhem uma profissão se baseando apenas no que ela pode proporcionar. Não pensamos no que vamos proporcionar às pessoas. Acabo de assistir o filme " O quarto poder", lhes digo que estou com um nó em minha garganta, a palavra que pode definir a sensação que tenho, após assistir o filme, é decepção. Não com o filme, pois ele é excelente, mas com a história, e não por não ter gostado do roteiro, mas sim por ter consciencia de que histórias como a que o filme retrata, existem. Fico pensando, que tipo de jornalistas vamos nos tornar? Vamos lembrar de nossa ética profissional, toda vez que nos deparamos com histórias que podem gerar audiência? Seremos estimulados pela verdade, pela ética profissional, ou pelo poder, pelo status proporcionado pela dor dos personagens das tantas histórias que vamos ter pela frente? A televisão, tem o poder de sedução, assim como mostra o filme. Ela influência quem está do outro lado, molda a opinião das pessoas. Como sempre a um lado positivo, e outro negativo, está em nossas mãos, fazer com que a verdade seja mostrada. A vida das pessoas, não é como uma história em quadrinho. Não podemos decidir qual será a continuação de cada quadrinho. No filme, Sam foi um fantoche, a vida do personagem foi manipulada, para que nós, que também somos telespectadores, fossemos persuadidos. Como estudante, e futura jornalista, encaro a história do filme da seguinte forma: certamente, durante nossa carreira, vamos ter que fazer escolhas, e CERTAMENTE, vamos, em algum momento, passar por algo parecido a o que acontece no filme. Vamos ter que escolher, em optar pela 'fama' ou pela 'dignidade'. Pode parecer um pouco exagerado, mas eu espero, que se isso algum dia acontecer, se tivermos que escolher entre 'nos beneficiarmos' e 'beneficiar', que sem a menor dúvida, escolhemos o beneficiar. Somos formadores de opinião, temos esta responsabilidade, e não me refiro somente a televisão, mas isso serve para todas as áreas do jornalismo. Mesmo com o sentimento de decepção causado pela história do filme, um sentimento maior toma conta: o de "fazer a diferença", ou seja, além de jornalistas, sermos mais humanos.
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