CQC: telejornal ou programa de humor? |
É cada vez mais difícil definir jornalismo ou humor. Ainda mais na TV brasileira. Em um mundo que não faz sentido, pensar se torna quase impossível. Ainda mais nos nossos telejornais. Só nos resta rir de notícias sobre a dengue no Rio de Janeiro, denúncias contra políticos corruptos e medidas provisórias em Brasília. Neste cenário de insanidades, a Band lançou no último dia 17, o “Custe o que Custar”, a última aventura televisiva do sempre imprevisível e ainda mais indefinível, Marcelo Tas. A proposta do programa é excelente e muito simples: um resumo semanal de notícias realizado no formato de um programa de humor. Além de Tas, integram a equipe do CQC jornalistas e humoristas revelados pela internet e shows de stand-ups como Rafinha Bastos, Marco Luque, Danilo Gentili, Oscar Filho, Felipe Andreoli e Rafael Cortez. Segundo a divulgação do programa, “De microfone em punho e munidos de uma cara de pau acima da média, os cinco têm uma prioridade: perguntar o que ninguém teve coragem.” . Marcelo Tas confirma a proposta do programa: “Acredito que o telespectador brasileiro esteja aberto e com vontade de mais irreverência e humor para ajudar a digerir as notícias absurdas dos nossos dias". Tudo a ver. Esta pode ser uma boa alternativa para a sobrevivência do jornalismo na TV em tempos de decadência do meio e de lançamento “melancólico” de mais uma rede de TV com jornalismo chapa-branca. Ernesto Varela O mesmo “não-repórter” que colocou o ex-deputado federal e todo-poderoso presidente da CBF Nabid Abi Chedid em uma tremenda “saia justa” ao ser perguntado qual seria a sua próxima... jogada! Corte para cenas de intenso constrangimento e mal estar geral no Congresso brasileiro. Eu sei. Estava lá. Tive o privilégio de testemunhar momentos históricos. Inesquecível. O ator Marcelo Tas e seu alter ego jornalista, o Ernesto Varela, faziam as perguntas que nós jornalistas não tínhamos a coragem de fazer. Mas ele podia. Ernesto Varela não existia. Era um ator se passando por jornalista. Através do humor, Ernesto Varela era a voz da nossa consciência. E a série de reportagens, os Filhos do Amaral? Era uma crítica mordaz e muito bem humorada aos documentários do jornalista e deputado Amaral Neto sobre as maravilhas do Brasil da ditadura militar. Os Filhos do Amaral também era a voz da nossa consciência em épocas de escuridão. Além de outras coisas, o humor comprova que o bom jornalismo não deve jamais se misturar ou ser patrocinado pelo governo, qualquer governo. |
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Jornalismo Humorístico
:)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Gravação do Telejornal
Diante do trabalho prático da aula de Telejornalismo, ministrada pela professora Fabiana Piccinin, o primeiro passo que o grupo teve, foi dividir as tarefas e funções, coube a mim ser o editor da reportagem.
Pude acompanhar a reportagem no local e fazer anotações que puderam ser utilizadas na matéria. Depois que a gravação foi feita, iniciei um diálogo com a repórter(Natany Borges) para decidirmos a melhor maneira de dispor as informações de acordo com as normas televisivas, texto claro e conciso.
As dificuldades encontradas foram selecionar os melhores textos e sonoras, pois todos continham informações interessantes, porém se tornavam repetitivas. Dificuldades estas que foram suprimidas pela facilidade que tenho com o programa de edição, reduzindo o tempo de finalização da matéria.
Faltou o registro!
E eita tele que foi rápido. Contando com o talento nato do Igor Muller, em não mais que 15 minutos o programa de 5 minutos e alguns quebrados estava fechadinho.
A mim, durante esta produção, coube o desafio de manusear o TP. Missão cumprida!
Só faltou o registro...
terça-feira, 28 de junho de 2011
Barba, cabelo e bigode - Gazeta do Sul - 25/06/11
Talvez, para compensar o ar maduro do jornalista, ele tenha recebido como companhia de bancada a bela Thalita Oliveira. A dupla não decepciona. Apresenta as notícias com objetividade e clareza, é bem-humorada quando dá para ser e consegue, amiúde, aprofundar algumas reportagens que, por sinal, são mais extensas que em outras emissoras. O que alonga o jornal em mais de uma hora. A série investigativa a respeito do crescimento vertiginoso da fortuna de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por exemplo, se destacou ante o silêncio constrangedor da maioria da imprensa sobre o assunto.
O melhor do Jornal da Record News é a diferença. Dos ternos e tailleurs aos comentários dos apresentadores. São eles que dão contexto e sentido ao jorro de notícias despejado sobre o telespectador, que pode terminar assistindo a um desfile de moda com o mesmo interesse que a um genocídio na África subsaariana. O excesso de informação é igual a informação nenhuma e só a análise da notícia pode dar ao telespectador a dimensão real do que acontece no mundo. Jornal não é novela.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Telejornal na prática
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Da euforia ao desespero
A angústia tomou conta de mim, a cada bloco que passava. A realidade que ali persiste é muito mais sombria do que qualquer pessoa do nosso convívio social possa imaginar.
Rafael Bastos, repórter do programa, acompanhou o dia de um morador de rua viciado em craque.
O homem, como era de se esperar vive para a droga, dorme em condições precárias, come pouco, ou melhor, quase nada, e consegue dinheiro devido aos serviços que faz como desenhista para a comunidade do seu bairro.
É... o cara tem talento, e aproveita esse dom, para sustentar o seu vício.
Agora, até quando ele vai conseguir cumprir com as suas obrigações e continuar desenhando é uma incógnita.
O foco é que após ter olhado o programa, abordei o assunto com alguns amigos e me deparei com as seguintes opiniões:
- Ahh, esses caras entram nessa vida por que querem.
- Se sabem que vicia por que começam?
E aí você pensa, eles realmente têm alguma noção do poder que o craque exerce sobre qualquer ser humano?
Sabem que a droga vai afetar o sistema nervoso central?
Sabem ao menos o que é o sistema nervoso central?
Acredito que não. Talvez já tenham visto um caso ali ou acolá de um amigo perdido no vício. Mas nada tão forte a fazê-los refletir, em um momento de angústia, para não provar o veneno.
Afinal pra que perder aquele momento de euforia e sensação de poder, numa vida em que tudo é decepção?
Estatísticas confirmam que de 10 pessoas que provam 9 viram dependentes.
E o que fazer diante desta situação?
Abordar sem escrúpulos com violência os usuários, como cansamos de ver na Cracolândia não é a solução.
As autoridades devem parar de pensar que craque é caso de polícia,
Essas pessoas não são criminosas, mas sim doentes, precisam de tratamento e principalmente de uma vida digna em sociedade.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O que fazer nesta hora?
Apresentação dos telejornais
Foi um dos momentos mais legais da disciplina. Pudemos colocar em prática tudo o que nos era ensinado em sala de aula. Vimos de perto que cada detalhe faz, sim, a diferença. Desde a produção do script até os cuidados com a aparência são necessários para que o telejornal saia da melhor maneira possível. Quando acabou, ao sair do estúdio tagarelando com a Júlia, comentamos: "agora eu gravaria de novo e faria ainda melhor!"
Confira alguns cliques do nosso grupo
O cinegrafista Elio Brixius cuidando dos detalhes. Foto: Natany Borges
Eu e a Júlia nos preparando para a apresentação. Foto: Natany Borges
O grupo com a professora Fabiana Piccinin. Foto: Vania Soares
terça-feira, 21 de junho de 2011
"Façamos a revolução antes que o povo a faça"
Depois de todo esse tempo, de muitas guerras perdidas, de outras tantas ganhas, do estado quase virar uma potencia e se tornar uma várzea com tamanhas incompetências administativa, eis que o lendário Cléber Machado faz o que nenhum gaúcho foi homem o suficiente para fazer. Decreta a independência do Estado do Rio Grande do Sul. Apreciem esse momento histórico para todos nós.
domingo, 19 de junho de 2011
Anti-RBS: Você está fazendo isto certo
Como já diria o poeta: "Anti-RBS: Você está fazendo isto certo".
O melhor de tudo é ver o cidadão abaixar a plaquinha e sair de fininho.
Essa é a prova máxima de que não basta saber para fazer ao vivo, precisa de um pouquinho de sorte também.
sábado, 18 de junho de 2011
Visita a RBS TV de Porto Alegre
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Nota coberta
Repórter da Globo ensina telejornalismo no Twitter
Confira aqui algumas das dicas citadas pelo jornalista. Algumas parecem óbvias, mas que podem ser esquecidas durante a correria na redação de TV e são de fundamental importância para a emissora funcionar. É possível acompanhar pela hashtag #telejornalismo
* Seja crítico o tempo todo. Não é só porque uma autoridade disse algo que isso deva ser bom ou correto.
* Os sons mais comuns que atrapalham uma gravação são os de latidos, de serras, de caminhões, de marteladas e de buzinas.
* A grande maioria da população brasileira usa apenas a TV para se informar.
* No vivo, cuidado com o retorno de áudio. Se ele estiver ligado enquanto você fala e houver “delay” você vai gaguejar.
* Quase sempre dá pra diminuir o tamanho de uma reportagem.
* O telespectador prefere imagens mais nítidas e definidas na hora de escolher a programação.
* Evite a aceleração de imagens nas edições. O uso do “fast” tende a tirar a credibilidade da informação.
* A melhor pergunta é a que provoca a resposta que o telespectador quer saber.
* Ouça as sugestões da equipe e dos telespectadores. Use os olhos dos outros como se fossem seus.
* Mesmo no caso de pesquisas feitas por entidades renomadas, confira os cálculos. Já encontrei erro em pesquisa do IBGE.
* Sempre há um jeito novo de contar as mesmas histórias.
* Em uma entrada ao vivo, combine com seu entrevistado um sinal para encerrar caso ele ultrapasse o tempo disponível.
* Não pergunte ao entrevistado se "está feliz" logo após ele receber uma premiação (e isso vale para todas as mídias)
* Evite gravar passagens ao meio-dia. A luz vertical do sol vai deixar o rosto do repórter cheio de sombras.
* As siglas devem ser "abertas" para o telespectador. Ele não tem a obrigação de saber o que significa, p ex, a UNCA da ONU.
* No texto para TV, frases longas confundem o telespectador.
* Faça de cada reportagem uma chance para aprender mais sobre as coisas.
Vale ressaltar que Flávio Fachel vai lançar um livro com dicas de Telejornalismo.
domingo, 12 de junho de 2011
Gafes em Telejornais!
terça-feira, 7 de junho de 2011
Nota coberta - Cristiane Lautert
Editar pensando no texto é mais difícil ainda.
Ter coragem para mostrar o resultado, então...
Reparem que enquanto eu falava dos indígenas e das grávidas, o texto não estava casado com as imagens. Gente, foi por falta de pessoal. Dou minha palavra: fiz a decupagem e não encontrei nenhum!