Quando vi que o tema do programa A liga do dia 21/06 ia ser sobre o craque, droga simples, fácil e barata, que destrói personalidade e a saúde do viciado, decidi assistir para tentar entender este mundo tão distante do nosso.
A angústia tomou conta de mim, a cada bloco que passava. A realidade que ali persiste é muito mais sombria do que qualquer pessoa do nosso convívio social possa imaginar.
Rafael Bastos, repórter do programa, acompanhou o dia de um morador de rua viciado em craque.
O homem, como era de se esperar vive para a droga, dorme em condições precárias, come pouco, ou melhor, quase nada, e consegue dinheiro devido aos serviços que faz como desenhista para a comunidade do seu bairro.
É... o cara tem talento, e aproveita esse dom, para sustentar o seu vício.
Agora, até quando ele vai conseguir cumprir com as suas obrigações e continuar desenhando é uma incógnita.
O foco é que após ter olhado o programa, abordei o assunto com alguns amigos e me deparei com as seguintes opiniões:
- Ahh, esses caras entram nessa vida por que querem.
- Se sabem que vicia por que começam?
E aí você pensa, eles realmente têm alguma noção do poder que o craque exerce sobre qualquer ser humano?
Sabem que a droga vai afetar o sistema nervoso central?
Sabem ao menos o que é o sistema nervoso central?
Acredito que não. Talvez já tenham visto um caso ali ou acolá de um amigo perdido no vício. Mas nada tão forte a fazê-los refletir, em um momento de angústia, para não provar o veneno.
Afinal pra que perder aquele momento de euforia e sensação de poder, numa vida em que tudo é decepção?
Estatísticas confirmam que de 10 pessoas que provam 9 viram dependentes.
E o que fazer diante desta situação?
Abordar sem escrúpulos com violência os usuários, como cansamos de ver na Cracolândia não é a solução.
As autoridades devem parar de pensar que craque é caso de polícia,
Essas pessoas não são criminosas, mas sim doentes, precisam de tratamento e principalmente de uma vida digna em sociedade.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
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