quinta-feira, 30 de junho de 2011

Jornalismo Humorístico

Olá pessoal!

Pesquisando sobre o humor no jornalismo, encontrei esse texto no site comunique-se que fala um pouco sobre esse Jornalismo Humorístico, mas especialmente sobre o CQC (Custe o Que Custar).
Vale a pena! Quem quiser ler o texto na íntegra, pode acessar o link abaixo:


CQC: telejornal ou programa de humor?

Antonio Brasil

É cada vez mais difícil definir jornalismo ou humor. Ainda mais na TV brasileira. Em um mundo que não faz sentido, pensar se torna quase impossível. Ainda mais nos nossos telejornais. Só nos resta rir de notícias sobre a dengue no Rio de Janeiro, denúncias contra políticos corruptos e medidas provisórias em Brasília. Neste cenário de insanidades, a Band lançou no último dia 17, o “Custe o que Custar”, a última aventura televisiva do sempre imprevisível e ainda mais indefinível, Marcelo Tas.

A proposta do programa é excelente e muito simples: um resumo semanal de notícias realizado no formato de um programa de humor. Além de Tas, integram a equipe do CQC jornalistas e humoristas revelados pela internet e shows de stand-ups como Rafinha Bastos, Marco Luque, Danilo Gentili, Oscar Filho, Felipe Andreoli e Rafael Cortez.

Segundo a divulgação do programa, “De microfone em punho e munidos de uma cara de pau acima da média, os cinco têm uma prioridade: perguntar o que ninguém teve coragem.” .

Marcelo Tas confirma a proposta do programa: “Acredito que o telespectador brasileiro esteja aberto e com vontade de mais irreverência e humor para ajudar a digerir as notícias absurdas dos nossos dias". Tudo a ver.

Esta pode ser uma boa alternativa para a sobrevivência do jornalismo na TV em tempos de decadência do meio e de lançamento “melancólico” de mais uma rede de TV com jornalismo chapa-branca.

Ernesto Varela
Todos os leitores desta coluna sabem que sou fã de carteirinha do Marcelo Tas. Dentre suas inúmeras criações geniais está o lendário repórter Ernesto Varela. O único não-jornalista brasileiro que teve a coragem de perguntar a Paulo Maluf, candidato à presidência da República ainda nos primeiros momentos da abertura política, se ele era mesmo... ladrão!

O mesmo “não-repórter” que colocou o ex-deputado federal e todo-poderoso presidente da CBF Nabid Abi Chedid em uma tremenda “saia justa” ao ser perguntado qual seria a sua próxima... jogada! Corte para cenas de intenso constrangimento e mal estar geral no Congresso brasileiro. Eu sei. Estava lá. Tive o privilégio de testemunhar momentos históricos. Inesquecível.

O ator Marcelo Tas e seu alter ego jornalista, o Ernesto Varela, faziam as perguntas que nós jornalistas não tínhamos a coragem de fazer. Mas ele podia. Ernesto Varela não existia. Era um ator se passando por jornalista. Através do humor, Ernesto Varela era a voz da nossa consciência.

E a série de reportagens, os Filhos do Amaral? Era uma crítica mordaz e muito bem humorada aos documentários do jornalista e deputado Amaral Neto sobre as maravilhas do Brasil da ditadura militar. Os Filhos do Amaral também era a voz da nossa consciência em épocas de escuridão.

Além de outras coisas, o humor comprova que o bom jornalismo não deve jamais se misturar ou ser patrocinado pelo governo, qualquer governo.

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