domingo, 10 de abril de 2011

Extras inúteis!

Chega uma certa hora do domingo à noite, que sentimos uma grande e irresistível vontade de apertar botão de liga/desliga do controle da TV. Saco, odeio quando isso acontece.
Graças a Deus, essa vontade de ligar a TV apareceu somente nos últimos instantes em que estava na casa da minha namorada. Estava eu sentado no sofá, preocupado porque ainda não havia colocado nada aqui no blog, mas enfim aqui estou eu escrevendo sobre o que vi na TV da casa dela. Nem preciso dizer sobre o que aconteceu no último dia sete desse mês, né? Pois é, aquilo foi bárbaro mesmo, e assim como doeu em todos os cantos do país, aqui na minha casa também foi doloroso, pois o meu pai é de Realengo e todos aqui ficamos muito tristes porque certamente, a partir de agora, o bairro em que meu pai nasceu e cresceu será lembrado como palco desse dia horrível que chocou o mundo inteiro. Todos, TODOS ficaram horrorizados, apavorados, incrédulos e mais um monte dessas palavras que se referem à perplexidade, menos os jornalistas sensacionalistas. Pois hoje, vi la na casa da minha namorada, que o programa Fantástico, está totalmente... espera aí! Vamos reformular! Eles fizeram um programa inteirinho sobre isso. Nada mais. Só sobre o massacre da escola Tasso da Silveira. Me pergunto se precisamos de mais detalhes dessa... deixa eu ver outra palavra... brutalidade que tenho certeza que muitos brasileiros estão forçando a mente a não lembrar mais e fingir que tudo esta bem novamente. Será que que precisamos dessas informações extras? Eu particularmente não.
Tenho uma certa resistência a esse tipo de jornalismo. Aposto que tinha muitas outras notícias úteis, curiosas, bacanas, que foram deixadas de lado, e provavelmente nem serão contadas mais, porque tragédia traz mais ibope! Pelo menos me parece isso.

Um comentário:

  1. Pedro:

    Como falamos na aula, de fato presenciamos alguns exageros na cobertura da Tv que, paradoxalmente, leva o assunto à exaustão sem, contudo, oferecer exatamente profundidade. Mas a pergunta permanece. O que mesmo faríamos diferente no lugar do editor-chefe?

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