terça-feira, 5 de abril de 2011



Desculpas aos telespectadores, mas às vezes paro para pensar: o que realmente está banalizado? a grade de programação ou o telespectador das emissoras? Não estou postando para criticar (somente) os reality shows ou programas de auditórios que poucas pessoas param para apreciar. Mas, são poucas pessoas mesmo que se “prestam” a olhar esses programas como, por exemplo, Bial e seus “super-herois” do Big Brother Brasil (BBB) ou ainda, o Super Pop, apresentado pela “super” Luciana Gimenez? Acho que não.
Em primeiro lugar, vamos usar como exemplo as inúmeras ligações que são efetuadas para tirar uma pessoa de uma casa onde inicialmente, 12 ou 14 “criaturas” se suportam durante alguns meses. Claro que todos sabem de que programa estou falando. Na edição do ano passado, 77 milhões de pessoas tiveram a capacidade de ligar para eliminar no paredão um dos candidatos a décima edição do BBB. Ou seja, quase 80 milhões de pessoas pagaram a ligação telefônica para tirar o fulano, beltrano ou o cicrano da casa? Mas para ir ao cinema, ao teatro ou o mais improvável, comprar um livro, as desculpas são inúmeras: ou porque a grana está curta, ou não gosta de ler (uma das piores) etc. Sugerir então um programa de TV cultural, educativo ou até mesmo um telejornal, é ofensa.
O pior é que todas as crianças sabem quem está no paredão. Como aconteceu recentemente, que uma turma de “baixinhos” sabia tudo sobre o BBB. Mas não sabiam quem era o vice-presidente do Brasil, que na época, era José Alencar. Será que só eu percebo que isso se torna uma decadência cultural e de conhecimentos gerais?
Porém, mais absurdo que esses programas, são os telespectadores do qual se prezam a gastar dinheiro em ligações e também desperdiçar o tempo, vendo um programa de TV que não te traz conteúdo e nem benefício algum.
Já o Superpop chega a ser pop demais. O programa é conhecido pelas entrevistas polêmicas com pessoas que admitem serem homo ou bi-sexuais perante vários telespectadores que por incrível que pareça, conseguem assistir a este desrespeito televisivo. Em primeiro lugar, o que interessa saber a opção do fulano? Nada contra a opção sexual de ninguém. Mas precisa revelar isso para as pessoas utilizando uma emissora de grande alcance, no caso a Rede TV? É incrível e absurdo ao mesmo tempo. E para completar, a Luciana sempre perde a oportunidade de ficar calada e “larga” uma besteira que só ajuda a piorar a situação. Mas, se são muitas as pessoas que ligam a TV para assistir a esse caos, imagine o público presente que participa da programação ao vivo.
Não sei a que ponto isso vai chegar, pois um instrumento que serve para informar e divertir é usado (há um bom tempo) abusivamente para elevar ao máximo a audiência da emissora que apresenta estes reality shows pornográficos. Isso só prova a falta de educação e consequentemente, de cultura que nosso país enfrenta.

2 comentários:

  1. Um complemento: no livro de Sergio Matos - A Televisão no Brasil, tem uma frase que vou escrever aqui:

    "No ano de 1958, a fim de expandir o tamanho da audiência, a emissoras abandonaram os programas culturais."

    Abraço!

    Guga

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  2. É meus amigos, a vida é dura. Mas mais duro que encarar esta realidade, é perceber que limite todo cidadão tem responsabilidade sobre isso na medida em qeu não reinvidica mais qualidade na Tv. Que, no caso da Tv aberta, é fruto de uma concessão pública como já falamos em aula.

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